terça-feira, 8 de maio de 2012

Indústria do algodão: baixa oferta e a demanda global ativa

Os produtos derivados do algodão devem ter um aumento de até 40% ainda no primeiro semestre deste ano. O reajuste no preço de produtos como toalhas, roupas e artigos de cama, mesa e banho é resultado do aumento da matéria-prima, que ocorre desde o ano passado. Além de pesar no bolso do consumidor final, esses aumentos significativos estão provocando cortes de pessoal e atrasos no pagamento de salários em algumas empresas de Brusque.

Conforme pesquisas realizadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços do algodão têm alcançado recordes quase diariamente. A justificativa da alta nos preços, segundo o Cepea, é a baixa oferta e a demanda global ativa, que ainda devem continuar impulsionando as cotações. “No Brasil, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias subiu 4,12% entre 1º e 8 de fevereiro, fechando a terça- feira a R$ 3,7664/lp”, mostrou a pesquisa.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Fiação, Malharia, Tinturarias, Tecelagem e Assemelhados de Brusque (Sintrafite), Aníbal Boettger, o consumidor final deve pagar pelos aumentos ainda no primeiro semestre deste ano. “Até o momento, as empresas ainda não repassaram o aumento. Acredito que os preços devem subir até o início do segundo semestre”, disse.

Para Boettger, o mercado já havia sinalizado que o preço do algodão teria reajuste devido a falta de matéria-prima. “Foi alertado que essa matéria-prima iria faltar, porque além do Brasil ser um produtor e exportador desse insumo, ele é importador. Muitas empresas se preveniram, tomaram decisões já pensando na falta dessa matéria- prima”, exemplificou.

Boettger acredita que a alta no preço dos insumos deve ser normalizada dentro de um prazo de seis meses. Segundo ele, não é a primeira vez em que o mercado sofre com os aumentos expressivos como resultados da falta de matéria-prima. “A Alta do insumo deve normalizar em seis meses, no máximo. Já passamos em outras épocas também, por intempéries, podemos dizer assim. A safra do algodão não foi a esperada, mas todas as empresas superaram essa situação. Foi uma crise momentânea por causa do reajuste que a matéria- prima sofreu”, salientou.

Para ler a entrevista completa acesse o link:

http://manchetedovale.com.br/noticias/economia/5455/17/02/2011/industria-tenta-saida-para-alta-do-algodao.html