quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Indústria têxtil dribla a alta do algodão.

O algodão responde em média por 40% do preço dos produtos de cama, mesa e banho. É uma commodity sujeita às variações mundiais e, nos últimos seis meses, valorizou cerca de 25%. "Nunca houve um aumento do algodão de forma tão rápida, em tão pouco tempo", afirma o presidente do Sintex - Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário, Ulrich Kuhn. A valorização da matéria-prima deixou a indústria têxtil apreensiva. De acordo com o empresário, não é possível repassar todo este aumento de custo para os clientes. "As indústrias têxteis catarinenses repassaram em média apenas 5% do aumento", comenta Kuhn.

Mas, apesar do revés, a indústria de transformação, em especial a têxtil, vivencia um cenário favorável, segundo o presidente do Sintex. "A alta dos preços do algodão criou apenas uma nuvem cinzenta no céu azul, porém afetou significativamente a rentabilidade", comparou Kuhn. "Tivemos resultados muito melhores no primeiro semestre deste ano, se comparar ao mesmo período de 2009. Acompanhando a evolução da economia brasileira e o crescimento do consumo interno, devemos fechar 2010 com resultados positivos", afirma.

De acordo com projeção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deste ano deve apresentar uma alta de 6% para 7,5%. Se a projeção se confirmar, será a primeira vez desde 1986 que o País terá crescido 7,5% em um ano, segundo o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini. A nova projeção considera que a indústria como um todo deverá crescer 11,6% neste ano.

O algodão no Brasil


A região Centro-Oeste responde por 74,47% do algodão produzido no Brasil, de acordo com dados da Embrapa. Somando-se a produção do Centro-Oeste com a da Bahia e do Maranhão, o algodão do cerrado representa mais de 80,0% da produção nacional. O País tem aproximadamente de 10% a 15% de variedades transgênicas plantadas.

A produção em 2010 foi influenciada pela distribuição da chuva. Os dados climáticos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram, em matéria publicada pelo DCI em junho, que, no oeste da Bahia, a produtividade será maior em 5%, graças, principalmente, à boa regularidade das chuvas, com volume suficiente para o bom desenvolvimento da cultura na região. Em outras regiões produtoras, como é o caso de Minas Gerais, a identificação de plantios tardios em alguns municípios, devido à estabilização climática, deve acarretar incremento de produção em relação à safra anterior de 1,3%. Em Goiás, a cotonicultura terá recuo de área, de 0,5%, em virtude da chuva no último trimestre.



Créditos: A matéria foi retirada do site: http://www.midiamoda.com.br/noticias/ todos os direitos reservados a mesma. Matéria postada em carater informativo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário